
Aconteceu no último sábado, 1 de
fevereiro, na Comunidade Cristã de Ribeirão Preto, o Seminário “Eu escolhi
esperar”. O evento reuniu mais de duas mil pessoas de diversas cidades da
região, entre elas, jovens, casais e crianças. Pastor há 22 anos, Nelson Junior,
encabeça o movimento, que já foi ministrou seminários para mais de 200 mil
pessoas nos últimos dois anos e meio e ganhou destaque em programas de
televisão e nas redes sociais — só a página do Facebook possui 1,8 milhões de
seguidores.
Nelson abriu o
primeiro bloco do seminário lendo os versos 15 a 17 do capítulo 2 da primeira
carta escrita por João, para embasar três regras elencadas por ele para uma
vida sentimental bem sucedida. As regras são: não goste de alguém que não
gosta de você, não esteja no relacionamento errado, e não perca quem você ama.
Para Nelson, passar por um problema sentimental afeta todas as áreas da
vida de uma pessoa solteira. “É possível ser solteiro e não sofrer na vida
sentimental? Sim. Mas para não sofrer como todos sofrem, não se pode viver como
todos vivem. Deus sugere uma conduta diferente para o jovem solteiro”,
disse. De acordo com ele, para viver um relacionamento que dure para
sempre é preciso ‘pagar o preço’ de esperar por ele. “Não se pode trocar o que
mais se quer na vida, por aquilo que mais se quer momentaneamente”, afirma
Junior, elucidando sobre a importância de se determinar a escolher o tempo
certo para desfrutar de um relacionamento amoroso. O pastor finalizou a
primeira parte do seminário dizendo que a igreja nunca teve em sua história uma
quantidade tão grande de jovens como atualmente. Todavia, nunca houve uma
geração tão descomprometida em elevar seus relacionamentos sentimentais aos
padrões de santidade definidos pela bíblia. “Os prazeres do mundo passam e
quando passam são amargos”, destaca Nelson Junior ao contar seu testemunho
sobre como escolheu o casamento como estágio ideal para se relacionar de forma
sexual e sentimentalmente.
Sexo e seus tabus
O líder do
movimento “Eu escolhi esperar” coloca em contraste o fato da sociedade falar
tanto sobre sexo, mas ainda discutir muitos tabus referentes a ele. De acordo
com ele mesmo nos meandros da igreja existem muitos tabus sobre sexo. “Sou o
pastor do sexo. Eu estimulo as pessoas a terem relações sexuais”, foi a contra
resposta de Nelson Junior, ao apresentador de um programa jornalístico onde foi
apresentado como o pastor anti-sexo. Em sua abordagem sobre como a mídia
cria sofismas relacionados ao sexo, ele destaca como os meios de comunicação tornaram
o conceito de que o sexo é sujo e imoral. “O sistema sugere que quanto mais
promíscuo for, melhor será o sexo”, afirma.
Lidando com os desejos carnais
“Existem
desejos que são bons, mais que podem se tornar maus. A fome é um desejo,
portanto, comer não é pecado, mas comer em demasia é uma transgressão”, ilustra
o pastor Nelson Junior, e faz um alerta. “O perigo reside em como lidamos com
os desejos carnais”. Nelson faz referência aos versos que se encontram na
primeira carta que Paulo escreveu aos Tessalonicenses no capítulo 4, como a
base bíblica que refuta o sexo antes do casamento. “Há um falso argumento que
diz que se duas pessoas se amam, podem fazer sexo antes do casamento, já que o
ritual eclesiástico e o documento assinado em cartório são apenas uns
simbólicos”, mas isto é um erro, garante. Nelson contra argumenta
descrevendo o verso 24 do capítulo 2 de Gênesis. Ele afirma que o casamento
para Deus tem três processos: deixar pai e mãe, assumir o matrimônio e
tornar-se uma só carne. O pastor explica que sexo é uma aliança de sangue que
une duas pessoas para sempre. “Isto tem prova científica. A AIDS — Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, por exemplo, é contraída a partir do sexo. Pois
toda relação sexual faz com que haja uma troca de sangue”, garante. “O problema
é que as pessoas querem o prazer que uma aliança oferece sem assumir os deveres
desta aliança”.
Prostituição
De acordo com
Nelson Junior, para Deus prostituição é o termo que define qualquer pessoa que
tenha relação íntima com alguém que não seja o seu cônjuge, conforme 1
Coríntios, capítulo 6, verso 9. O pastor conta que em um de seus
aconselhamentos um casal lhe disse que tinham experimentado de muita intimidade
sexual, mas não chegaram a fazê-lo por completo e que por isto, acreditavam que
não tinham feito uma relação sexual. “Sexo não é só penetração. A campanha do
“Eu escolhi esperar” não é sobre sexo antes do casamento, mas sobre a
santificação daqueles que estão se relacionando sentimentalmente”,
explica. Nelson aproveitou o ensejo para contestar a homossexualidade. Sua
prerrogativa é que se a relação entre homogenia fosse natural, ela deveria
resultar em filhos. Explanou também sobre a vigilância que a igreja deve ter
com pessoas com inclinações homo afetivas.
Mudança de cultura
“Tudo acontece
no momento oportuno para aquele que sabe esperar”, com este argumentou, o
pastor Nelson Junior abriu a terceira parte do seminário “Eu escolhi esperar”.
Baseando-se em Cantares de Salomão, capítulo 8, ele ministrou sobre a
necessidade de despertar o amor no tempo certo. Nelson, contou que foi
procurado certa vez por um moça, que tinha certeza que amava a um rapaz, mas
seus pais não aprovavam o relacionamento. Ao descobrir que ela tinha apenas 12
anos, Nelson a orientou que não é possível discernir o amor verdadeiro em tão
tenra idade. “Todos querem viver um amor para vida inteira. Mas é preciso
aprender regras básicas sobre o relacionamento. Uma delas é que o amor tem o
tempo certo e, na adolescência, não é possível decidir se o que sentimos é
amor”. De acordo com ele é preciso que os solteiros se convertam a uma
“cultura do céu”, vivendo uma vida consagrada ao Senhor. Ele usa o exemplo do
Rei Salomão, que comparou a força do amor com a morte, tipificando como um
relacionamento sentimental quebrado pode afetar emocionalmente a vida de uma
pessoa. “Relacionamentos amorosos deixam marcas, e depois de feridas, as
pessoas nunca mais são as mesmas”, destaca Nelson, que já aconselhou dezenas de
pessoas que viveram uma ruptura amorosa. Para ele a dinâmica do amor não
suporta vários relacionamentos. “Na prática do amor não devemos estar
disponíveis para um test-drive”, elucida. Nelson acredita que há muitos jovens
solteiros que pensam que o sentido de suas vidas é encontrar alguém, por conta
disso, muitos se relacionam com as pessoas erradas, atraindo para si problemas
que deixarão marcas profundas em suas emoções. “Esperar é uma das formas mais
bonitas de amar”, concluiu Nelson Junior.
Publiquei esse texto no blog, porque
achei muito interessante meninas..
Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/seminario-eu-escolhi-esperar/